Em uma reportagem da BBC, havia uma notícia que o Google, o maior site de busca da web, censurou seus serviços na China para poder atuar no país.
Ou seja, não permite que os internautas busquem por conteúdos que o governo chinês diz ser "nocivo", como críticas ao sistema social chinês, ou sobre determinadas políticas do país.
Como pode o Google, uma das maiores entidades da web, sinônimo de liberdade, com seus serviços gratuitos e de qualidade, concordar com tal postura do governo chinês? Só para poder ganhar dinheiro no país mais populoso do mundo? E vale a pena apoiar a política de governos autoritários? Será que o Google é livre mesmo, no sentido literal da palavra?
Restringir o uso do Google é quase restringir o uso da web, pois o Google indexa todo o conteúdo da web, organiza e dá aos usuários um meio quase instatâneo de pesquisar qualquer coisa da web.
Cabe a nós, usuários, tomar alguma atitude a respeito de ações como essas, e defender a liberdade de todos. A internet é livre, como assim deve ser seu conteúdo.
Já basta a Microsoft, com seu DRM(digital rights management) no Vista, que visa restringir o modo como usamos nossos computadores.
A reportagem da BBC: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/06/070606_anistiaacusagooglefp.shtml
06/06/2007
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Um comentário:
Primeiramente quero dar os meus parabéns pelo blog, excelente conteúdo que tende a somar muito ao que já existe na Web sobre GNU/Linux.
Realmente o Google começou a se tornar uma Corporação malígna, após estabelecer um domínio quase irrevogável sobre seus concorrentes o gigante das buscas começa a usar seus serviços em prol da intolerância e censura.
Isso me faz pensar muito acerca das observações contidas no documentário (excelente por sinal) chamado A Corporação:
"As corporações tiveram seu reconhecimento na lei a partir da 14 emenda, lei resultante da guerra civil e da luta dos negros por direitos iguais.
As corporações por meio dos juízes conseguiram tomar para si os direitos antes atribuídos ao povo norte-americano".
Noam Chomsky – Pessoas sem consciência moral. Sua única preocupação é com os acionistas que às vezes maquiada se torna uma preocupação com a comunidade ou a força de trabalho. Ela só pensa no lucro a curto prazo dos acionistas os quais são poucos.
Michael Moore – As corporações não são como nós, há uma constante associação da visão da pessoa humana com a das corporações, mas elas não possuem sentimentos, crenças, moral. Em resumo, só pensam em faturar o máximo possível em um trimestre, o lucro para elas nunca é o suficiente".
Pela lei são tidas como pessoas, pessoas jurídicas, mas que tipo de pessoas são elas?
Através de uma análise comportamental podemos notar as seguintes características:
Descaso pelos sentimentos alheios.
Incapacidade de manter relações duradouras.
Descaso total pela segurança e bem estar alheios.
Falta de caráter: mentiras e trapaças para obtenção de lucros.
Incapacidade de sentir culpa.
Incapacidade de seguir normais sociais de conduta dentro da lei.
As corporações em uma análise psiquiatra podem ser consideradas psicopatas pois possuem todas as características inerentes à pessoas com esse distúrbio..
Se a instituição dominante do nosso tempo foi criada à imagem de um psicopata, quem é o responsável moral por suas ações?
Um prédio pode ter opiniões morais? Ter responsabilidade social? Se ele não pode, o que significa dizer que uma corporação pode? Uma corporação é simplesmente uma estrutura legal artificial, mas os seus membros, o acionista, os executivos, os funcionários, todos eles têm responsabilidades morais.
Desculpe pelo imenso comentário, porém acredito que possa acrescentar algo à seu excelente post.
Você deixou no ar uma questão...
O que faremos para parar essa assombrosa tendencia de controle da Web?
Conscientização das pessoas?
Um website contra isso?
Abaixo-assinados?
Guerrilha na Web?
Ao escolher software livre já estamos um pouco livres disso, mas não imunes...
[]s
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