07/08/2007

Internet Explorer

Quero contar para as pessoas minha experiência com o Internet Explorer.

Estou usando Ubuntu, e recentemente tive que acessar o site da Oi para me cadastrar numa promoção. Quando entro no site pelo Firefox, as páginas estão com coisas faltando, não aparece toda a pagina, só um cabeçalho lá. Então eu faço o download do Opera. A mesma coisa acontece. Tento pelo Epiphany, de novo. Então resolvi entrar no Windows e tentar pelo Internet Explorer. Incrivelmente funcionou. E isso não é motivo de alegria.

Fãs do windows que lêem este artigo vão dizer que o IE é o melhor. Mas não é o que ocorre. A microsoft durante todos esses anos de IE inventou várias extensões para o HTML, extensões proprietárias que somente o IE pode implementar. Então a web se desenvolveu voltada para o IE. E foi ficando claro que haviam páginas da web que só podiam ser visualizadas corretamente com o IE. Que tipo de monopólio é esse? A microsoft quer monopolizar também a web? O Firefox teve de ser desenvolvido para trabalhar com uma web construída para o IE, o Opera também. É vergonhoso como as organizações reguladoras internacionais não fizeram nada a respeito. Existe um padrão para a web, uma especificação feita por esses orgãos. Todas as páginas deviam ser feitas com os padrões especificados, e não com extensão proprietária que só roda em navegador proprietário. O java só foi largamente adotado depois que licenciado na GPL, quando implementações livres já estavam ganhando popularidade. Tudo isso nos leva a perceber como é nocivo esse modelo proprietário. É um modelo que gera despadronização, gera monopólio, gera desigualdade, uma vez que nem todos podem comprar o windows. Tecnologias abertas são padronizadas, permite a concorrência e permite a todos o seu uso.

Podemos analisar o caso de quem compra um computador hoje. Um computador mínimo hoje sai em torno dos R$ 1000, ou até menos. Se adicionado o valor de um Sistema Operacional proprietário, chegamos a R$ 1600, se for o XP, se for o Vista nem se fala... E ainda mais que temos que fazer download de muitos softwares e até comprar alguns, se necessário. Com o software livre, continuamos com o valor de R$ 1000, podemos arranjar um sistema operacional livre com um amigo, ou comprar CDs ou DVDs que custão no máximo R$ 20. E saímos ganhando porque as distribuições possuem um número incontável de pacotes de software, incluindo aplicativos que se fossem comprados, custariam mais de R$ 2000, no caso do M$ Office e do Photoshop. Programas equivalentes e igualmente poderosos estão disponíveis de graça nos sistemas livres. E quanto mais gente usando sistemas livres melhor, a comunidade cresce e temos cada vez mais suporte, tanto das pessoas como das empresas, como a Red Hat e a Canonical.

Incentivem cada vez mais as pessoas a usarem Linux ou outros sistemas livres. Só assim podemos fugir do monopólio, da má qualidade e do mau suporte do software proprietário. Podemos construir uma sociedade onde todos podem ter acesso às tecnologias da informação se usarmos software livre.

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